Queridos amigos:
É com sentimentos de muita alegria e esperança que esta página foi criada, no 5º aniversário do nosso Movimento - MESF
Damos graças a Deus, porque Ele vos chamou a uma vida de conversão e oração, crescendo em santidade, tendo como modelo das vossas vidas a Sagrada Família de Nazaré.
A pergunta “Quereis oferecer-vos a Deus?” que do Céu chega aos pastorinhos Francisco, Jacinta e Lúcia naquele dia 13 de Maio de 1917 teve uma resposta imediata, sem hesitações, sem reservas, sem condições, sem pedidos de esclarecimento: “Sim, queremos”.
Esta mesma pergunta é-nos lançada a nós: “Queridas famílias, quereis oferecer-vos a Deus?”. Pergunta eterna que Deus dirige ao ser humano, em todos os tempos e latitudes, e qual é a resposta que o nosso tempo, os nossos contemporâneos e cada um de nós são capazes de dar, hoje?
A pergunta que os pastorinhos escutaram vinda do céu é a mesma que ressoa no tempo presente e interroga as nossas famílias. A pergunta é a mesma, mas a resposta talvez não.
É de ficar perplexo diante de uma pergunta que não encontra lugar fácil nas lógicas do marketing contemporâneo. E a pergunta torna-se tanto mais chocante, quanto ela visa algo muito diferente do dom de coisas. “Quereis oferecer-vos?”. Claramente, não se trata de dar o que se tem, mas de dar o que se é.
Que sentido pode ter tal interpelação numa época em que as novas gerações têm crescido e recebido uma educação centrada no receber?
Seremos nós, capazes de ir “ao encontro da humanidade sem sermos instrumentalizados pelos nossos bens?”. Como dar lugar à ideia de que “há bens muito mais importantes do que os bens de consumo”?
Por que é que temos tanta dificuldade em compreender e em viver a vida como dom?
Talvez a vida dos três pastorinhos de Aljustrel possam fornecer ao mundo de hoje pistas para esta concepção mais essencial da vida, em que viver implica oferecer a vida e, oferecer a vida não significa perder a vida ou morrer. Significa, viver a vida autêntica, a “vida boa”, aquela vida que não depende das cotações do mercado, das ameaças de cortes, do temor das falências e das bancarrotas. A “vida boa” não se vende e não se compra; ela escapa radicalmente à lógica financeira e económica, porque o que a define não é o ter mas o ser, não é o possuir, mas o acolher e o dar gratuitamente.
Eis o grande “Segredo de Nazaré”, o grande segredo de Fátima que os pastorinhos aprenderam com Maria, a Mãe de Jesus, que, por seu lado, havia aprendido com o seu querido Filho. Maria disse sim a Deus. Os pastorinhos juntam-se a Maria e com ela dizem: sim.
Olhemos nós, famílias do MESF, para Maria e digamos:”Senhor, nós também queremos oferecer-te a nossa vida”.
Caminho convosco
Estrela de Noronha